quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Soturno

A noite me abraça
me enlaça
o sono bate a porta
da minha cabeça
fechando as cortinas
das pálpebras.
Eu nego teus encantos
nego o leito
nego o descanso
E fico aqui
na companhia da lua
e seu harém infinito
de estrelas.
Junto ao copo escuro
do vinho seco barato
mais barato
que o ar que respiro.
Escrevo poemas soturnos
como os românticos
perturbados.

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