segunda-feira, 15 de julho de 2013

               Não há mais espaço para rosas, bandeiras brancas, cartazes e mais cartazes que somente expressem a insatisfação.Não há mais espaço para discursos que pregam o amor à bandeira nacional,e o respeito aos oficiais de farda. Verdade seja dita:nunca houve espaço para esses últimos.
               É chegada a hora de abandonar os estandartes brancos e erguer os paus e pedras que estarão cerrados nos punhos fechados da população.É chegada a hora de abandonar o medo imposto pelo pinoptismo que nós é imposto, o medo do mundo e o medo de ser punido a qualquer momento, mesmo por atos reservados a privacidade de nossas casas. Falando nisso,é chegada a hora de quebrar esses muros! É chegada a hora de abandonar esses medos e abraçar a coragem que só nos é acessível quando nos encontramos no bloco de muitos irmãos unidos pela mesma luta, bloco esse que marchara contra as hostes dos homens de farda que ostentam o nome de "guardas".
                É passada a hora,e a muito tempo já passou, de ignorar o que nos faz diferentes. A vez do preconceito nunca existiu, estou a falar das fronteiras estaduais e municipais e principalmente das fronteiras de bairros, que não passa do reflexo do separatismo que somos acostumados a ver e fazer parte desde os primórdios de nossas criações.
                Somos muitos e infestaremos o mundo como o enxame letal aos opressores,que realmente somos! É chegada a hora de abandonar os coqueteis de remédios que enebriam nossos sensos e segurar em nossas mãos o coquetel molotov, que fara encarnar nossa raiva nas chamas que choverão sobre aqueles que ostentam o escudo transparente no punho!Chamas essas, que só serão extinguidas com o marchar de nossos passos vitoriosos no chão de asfalto e terra,que é, e sempre foi,NOSSO!

Saúde,coragem e avante todos! "TENTE MUDAR O AMANHÃ"!


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Catato

Foi
Foi
Só foi...

Cale-me,se puder    Cale-me,se o fizer
Cale-me,por favor    Cale-me,prepare o pavor
Cale-me,se for capaz  Cale-me, maldito capataz

Sôdade da éppa
qui eu churava
churava memo
di teima
di birra
qui arbia a boca
e um berrero
sôdade da éppa...

Quem é?Quem é?
       oque é?
Quem foi?Foi onde?
        pra quê?
       Num sei
      Só foi
       Mas volta
       e volta,e bate
forte forte forte FORTE

sexta-feira, 22 de março de 2013

pressa

No correr dos dias da semana as pessoas são movidas por essa "inércia",por essa força que nos empurra e poem em movimento,tensionando e relaxando os músculos,esticando os tendões e levando a forma dos ossos.Essa força invisível comum a todos nós.
 Acorda-se cedo já em movimento e calculando todos os passos do dia,rumam para escolas,trabalhos,faculdades e obrigações...Rumam ao desejo de estabilidade,mesmo que caminhem na corda bamba.
 Ao final do dia voltam para casa e encontram-se as famílias  só para acordar no outro dia e fazer tudo de novo. A força da ROTINA nos tira do repouso e nos empurra durante o dia. Disfarçando na nossa correria,em nossa busca por nos manter socialmente vivos.
 No final de semana correm em direção contrária,direto para a "contra rotina",nasce o desejo de enebriar-se,de movimentar-se a passos leves e bêbados, para esquecer tudo o que foi feito e perdido à duras penas durante a semana.Fogem das pessoas, mesmo que estejam na mesma mesa,a cabeça voa longe, longe.
 Já são fugitivos de si mesmos,e no domingo,tudo para.O relógio corre, o sol também, mas a força que nos poem de pé e empurra,já não existe,é tudo calma e parado e agora,não há fugitivos.
 Existe a busca pelo outro,posto que encarar a ausencia do impulso sozinho é um esforço deveras hercúleo para um mero mortal.O domingo é o dia mais dia que existe,sem impulso,sem movimento, disforme e livre.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Raira

Chuva de cravos
numa tormenta de lágrimas
a chibata nos escravos
quantas gotas derramadas?
O lamento de um louco
a dança do artista
um grito tão rouco
e perfeccionista
Eu abdico de tudo
por seu amor
do passado e do futuro
tudo tudo.
O rebanho no penhasco
um a um,no encontro,no rumo
do carrasco

Algum Nada Nadando em Nada.


Te vejo e vejo
muitas e muitas vezes
percevero e vejo
perce vejo
percevejo
mais que isso, te vejo.

Te vejo toda dança
outras vezes, toda pintura
algumas,vejo criança
outras,somente criatura

Uma vez terra
outras,já é céu
transmutação que não erra
...

De mel ao céu
pra voce que tanto muda
um soneto que te acuda.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Matadouro

O mundo é um matadouro
abriram meu corpo,dissecaram,
em busca do tesouro
que a tempos já roubaram.

Seu bafo fede felicidade,
clorofórmio e violência,
no centro da cidade
louvando vossa excelência.

Nas ruas cantam as viaturas
vejo pobres pagando fiança
com suor,sangue e fraturas
vejo o estupro da esperança.

Chorei lágrimas salgadas
sal grosso de churrasco
nas ruas alagadas
esse poema é um fiasco.

Em cada viatura
tem um carrasco
lembra da ditadura?
a justiça no aço escuro
ontem era o futuro. 

brilha brilha

Brilha,brilha estrelinha
mais brilhante que farinha
tem que ser esperto,na surdina
eu espero a minha heroína.

A mente em branco é necessidade
a paz no vicio, simplicidade.
vi homens sendo devorados,
chorando,sofriam calados.

O grito dos embriagados
o choro dos viciados
os versos são injetados
na seringa e veia,enebriados.