quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Noite

Meia noite
ou seriam onze
           e cinquenta e nove
Talvez meia noite e um.

Uma vela iluminando
chama vacilante
o ébano da noite

E a luz da lua
que corta o escuro
como um sorriso
perfeitamente alvo
de uma maneira macabra.

A brisa noturna, estranha
confortavelmente fria

O copo dourado e
ironicamente gelado
de cerveja, reflete
a luz da vela. Lindo.

Enquanto a fumaça
do cigarro aceso
enfeita o ar com danças
feitas de bruma toxica.

Noite estranha essa,não?

Sol elétrico

       Sol elétrico da madrugada
de aurora instantânea
iluminando
os antros vazios
outrora preenchidos
pelo escuro da noite.

O mesmo sol elétrico
que agride meus olhos
e desperta do meu sono 
quando torna-se incandescente.

Sol que não queima
sem fogo
com calor
e luminosidade

Farol moderno da noite
que permite ver
ao longe
mesmo em horários
que deveríamos ser cegos.

English Vision

With a "unusual" vision
i see elfs dancing
around the camp fire

I see dwarfs, and
their long beards, drinking
beer in a tavern

I see fayries inside
the cursed mushroom circle

Witches summoning
creatures from beyond
the very grave.

I see blacksmithsm forging
swords in the heat

Priests praying their gods
Warriors fighting
                      each other

And heroes slaying dragons
kings and queens in their
royal wagons.

And minstrels singing
tales about times
that passed away.

Here i am, writing nonsenses
in a lenguage
thats not mine.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quimera



Prometi ao meu alter ego
que esse seria
o ultimo poema
humilhantemente
egocentrico.

Mãos, sem meu tato

pés, sem meu passo
braços e pernas

Sem meus musculos

coração,sem meu pulsar
pulmão, sem meu respirar
estomago,sem meu roncar.

Ossos
sem minhas fraturas
sem meu calcio.
sem minhas articulações.

Cerébro,sem ideias minhas

Antes esse quebra cabeça
fosse feito de algo unico
embora, não meu.

Prometeu

Se uma corporação realmente fosse uma pessoa
seria um sociopata.

Rubro
mais que rubro
de um calor
mais que infernal

caotico
disforme
sem controle.

Assim é o fogo
que incendeia
as entranhas do meu EU.

Que ferve meu sangue
palpita o coração
e gera a fumaça
que polui
o meu pulmão.

Dor,dor
calor
calor?
não...favor?

Já não sei.

Se eu fosse uma palavra
seria "talvez"
ou "as vezes"
Já não sei

Qual seria
o que sou
meus ideais
minha essencia
minha alma,
se é que existe.

Num dia acordo amado
noutro odiado
um dia apaixonado
outro desencantado

Fogo,fogo

do "talvez" e
do "as vezes"
Que me devora
de dentro pra fora
que me transforma.

Quem dera eu fosse a fênix
para queimar até as cinzas queimas
e depois,a vida voltar.

Eu odeio coisas
que amava meia hora atrás.

FOGO,FOGO
GOFO,GOFO

Queime logo e
me deixe em paz.

Essência

Um dia me chamaram,
não pelo nome
ou pelo apelido.

Me chamaram de Artista.

nunca concordei
em ser chamado assim
nunca me vi
dessa maneira.

Até que me disseram:
"Deixa de ser burro,
ser artista não é só dom
não é experiencia

Ser artista
é essência."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Te amaria

Mesmo velha e caída
mesmo enrugada
e de vista
enfraquecida.
Te amaria, mesmo que
suas pernas fossem tortas
e que andasse, de maneira
engraçada.
Mesmo que fosse careca
Mesmo que roncasse
e meu sono arruínasse.
Mesmo que fosse louca
e desequilibrada
ou um tanto atrapalhada.
Te amaria infinitamente
mesmo que não tivesse
na boca
nenhum dente.
Mesmo que tivesse
pelancas, e rugas
na testa.
Quer uma declaração
mais bonita que esta?

Poema esquecido

Ergueu o copo, da gelada
e boa bebida
e num brinde
recitou uma poesia.
E foi o brinde-poesia
mais lindo e sincero,
mas que foi abandonado
e esquecido.
Não que isso seja ruim,
pois poema ficou
muito melhor
agora que não tem fim.
A graça, e beleza
do poema dos embriagados
é que não são esquecidos
e abandonados
Só ganham outro
novo
significado.
Sem necessidade
de ponto final.

"O lirismo dos loucos que declamam alterados
é,da vida, um dos significados"

Verdade

O menino deu jóia
ao lixeiro
e do estudante,
homem de livros no braço
                       e uniformizado,
teve medo.
A avó disse:
                  "Deixe disso,menino
deves ser ser como
estudante,
não lixeiro!"
Se a velha soubesse
que não eram livros
ficaria embasbacada,
pois eram revistas
de mulher pelada.

Renascer

Num dia desses
enquanto andava meu passo
sedento
sussurei palavras
palavras ao vento.
Nem eu sabia que ali
nascera uma poesia.
Um poema da brisa
do sopro
do sussurro
da ventania
que levou longe
minha rima.
Minha agonia
por considerar
o tal poema morto
logo foi levada
para longe
pois o poema soprado
ao vento
volta agora
na voz de outro
verso

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Uni-vos!

Bato continência
aos que me calam
bato continência
com a mordaça
          na boca
As correntes
      no meu corpo
A venda
         nos meus olhos
e protetores
auriculares
nos ouvidos.

Bato continência
falsa,suja
com a arma
totalitária
opressora
Na minha têmpora.

Aos que me calam:
Minha voz ecoará
apesar da mordaça
meus olhos enxergam longe
apesar da venda
Meu corpo luta
e minhas mãos
se fecharão em punho
          apesar das correntes
meus ouvidos ouvirão
suas calunias
falsidades
apesar da surdes
provocada.
Minha existência
não desaparecerá
nem minha coragem
será ameaçada
pelo medo da morte
que vem da arma
totalitária.

Aos que me calam:
Preparem-se
pois eu não sou
o único,
eu não estou
só.

Imponencia

Sentei em frente
           a uma arvore
que se erguia, rompendo
a calçada
mas, nem a arvore
nem a calçada
               tem importância.
Pois lá estava, ao pé
da dita arvore
            uma joaninha
no alto de uma
folha de grama.
Estava ela,vendo
ao longe
os quadrados
monocromáticos
pretos e brancos
da calçada.
Estava ela
imponentemente
insignificante
em cima da grama
na base da arvore
na calçada
            na cidade.

Chagas

Os livros são
como a chibata
metafórica.
Não agride fisicamente
porém
nos fere
nos causa chagas
curaveis,mas
que deixam marcas.
chagas no espirito
na experiencia
na alma
se é que há alguma.
Ou mesmo que não haja
que fere é certeza
por isso nos lembramos
dos contos
historias
perssonagens
Como um velho
aposentado
heroi de guerra
lembra-se da vida
ao admirar as cicatrizes.

Donzelas da noite

As donzelas da noite
                             caminham com graça
pelas ruas sujas
da cidade suja
iluminadas pela luz
branca da lua
e amarela dos postes.
Exibem seus corpos
como uma propaganda
oferta
do escasso alimento.
                       Caminham com graça
exibindo suas nuas
fracas carnes, à procura
ou à espera
como predadoras noturnas.
Um cavalheiro para
e abre a porta do carro
mostra o papel moeda
verde como a grama
a caçadora
consegue sua presa.
Negociação terminada
capital....por Capital
dinheiro por luxúria.

Tolo

Escrevo poemas
de alegria
felicidade,
paz e
amor.
Numa tentativa
                   futil
          de convencer
A mim mesmo
que sou feliz
e que o mundo todo
                  é bom.
Agora percebo
             a ingenuidade
que tenho por
jurar ser verdade
as juras
           de alegria
Do próprio
cerebro
cinzento e
enganado
e do coração
rubro
iludido.
Ainda bem
que eu sou
um bom mentiroso.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mainha

Eu vi seus cabelos
           ficarem brancos
vi suas pulseiras
douradas
ou de uma cor
que não sei qual
de muitas virarem duas
desbotadas.
Vi você batalhar
parar criar
esse que escreve
e o irmão mais novo.
Vi você chorar magoas
de casamento acabado
vi chorar vitoria
de uma faculdade
conquistada.
Te vi cantar musicas
cartola
velha guarda da portela
raul seixas
titãs
e outros.
Te vi sendo MÃE.
te vi orgulhosa dos filhos
dos alunos
te vi amar
odiar
mas muitas vezes mais
te vi amar.

Pergunta.

          Um dia me fizeram a pergunta: "qual dos seus textos é o seu favorito?" Não soube responder, e fiquei em silencio. Depois de refutar sobre a pergunta, disse ao inquiridor: "Não sei, ainda não li todos os meus textos!"
          Apesar que...tem tantos textos meus que ainda não vieram a ver a luz do sol, e estão presos na escuridão aterradora do meu cranio.

Anticorpo

Assim como um corpo produz anticorpos na presença de um vírus, bactéria, ou corpo estranho que possa causar uma doença; O povo que se levanta contra o opressor é o anticorpo que surgiu na presença de todas as pragas politico-sociais que assolam o corpo tisico do globo. VIVA OS ANTICORPOS.