Predador

Como um predador

ele observa

espreita

ameaçador.

No escuro ele fica

e só seus olhos

brilham

cintilam.

Estala seus dedos

esfrega as mãos

seca saliva da boca

SEDE.

Os pelos arrepiados

olhos estalados

planos sanguinários.

Não há vento

brisa

nem lua

só a luz velha

amarela dos postes.

Ele olha pessoas

com posses

e sem nada ter

Uma vitima!

a sede aumenta

tremedeira,nervosismo

ele se movimenta

sombra sedenta.

Uma jovem.

mal tem 20 anos

a sombra a engole

Ela treme

ele ri

ela chora

ele adora

Pele e carne

cortada

virtude violada

estupro

curro

violência.

Ela desmaia

ou quase

ele se satisfaz...

Acaba.

Ele saca a lamina

a faca

Então a merca

uma

duas

três

quatro

punhaladas.

Agora sim

ela desmaia.

Quatro buracos

sangue escorre

marca o asfalto

a calçada

Ele lambe a faca

e some

desaparece

sombras.

O sol vem

ilumina

o dia agora

e pouco liga

para o corpo ainda quente.