Feliz natal!
Ele se jogou do segundo piso do shopping mais chique da cidade e caiu diretamente em cima da decoração de natal. Não foi uma morte sádica a ponto de cair em cima do velhinho vestido de papai noel,nem simples o suficiente para deixar o corpo abandonado em cima de uma poça de sangue ainda quente.
Caso fosse a primeira a comoção das criancinhas teria sido chocantemente insuportável. Não é pra menos... A imagem de um jovem suicida que se atirou de cabeça na cabeça do velhinho, resultando em dois crânios esmagados ao preço de um. Sem falar na noticia que sairia no jornal: "Terrorista anti natalino faz ataque no shopping mais chique da cidade." Fosse a primeira opção de morte, a crianças lidariam com o choque do suicídio e em seguida com a confissão das mães, que se viriam obrigadas a dizer que aquele velhinho não era o papai noel.
A segunda não teria nenhum adjetivo a mais, ou qualquer outro ponto que mereça ser mencionado ou qualificado com aspectos de um grande choque. Seria só mais um suicida que teimou de se matar em publico para chamar atenção. Cá entre nós, da maneira mais egoísta interrompendo esse passeio tradicionalmente inútil de consumismo no sábado a tarde. Alguns meses de terapia intensiva e algumas conversas em casa e a criança, ou adulto sensível, estaria ponta para um outro suicídio.
Mas não foi nem um, nem outro. A morte em questão foi cômica e dramática ao mesmo tempo, como se tivesse sido ensaiada o ano todo só para esse momento, em que o shopping estaria movimentado num sábado a tarde e a decoração de natal já instalada. Bem em cima do urso polar tomando coca-cola. Manchando o branco de vermelho e o que é melhor: Tornando ilegível o logo da marca. Genial, uma obra prima. Aplausos para o suicida que, num sábado a tarde, teve a mente invadida pela ideia de gênio:
"Se é pra morrer, que seja caindo de cabeça no maldito urso polar
da porra da coca-cola"
e claro, aplausos ao leitor pela determinação de ler até o fim, e pela confiança que o fim desse texto seria algo realmente muito bom.
Caso fosse a primeira a comoção das criancinhas teria sido chocantemente insuportável. Não é pra menos... A imagem de um jovem suicida que se atirou de cabeça na cabeça do velhinho, resultando em dois crânios esmagados ao preço de um. Sem falar na noticia que sairia no jornal: "Terrorista anti natalino faz ataque no shopping mais chique da cidade." Fosse a primeira opção de morte, a crianças lidariam com o choque do suicídio e em seguida com a confissão das mães, que se viriam obrigadas a dizer que aquele velhinho não era o papai noel.
A segunda não teria nenhum adjetivo a mais, ou qualquer outro ponto que mereça ser mencionado ou qualificado com aspectos de um grande choque. Seria só mais um suicida que teimou de se matar em publico para chamar atenção. Cá entre nós, da maneira mais egoísta interrompendo esse passeio tradicionalmente inútil de consumismo no sábado a tarde. Alguns meses de terapia intensiva e algumas conversas em casa e a criança, ou adulto sensível, estaria ponta para um outro suicídio.
Mas não foi nem um, nem outro. A morte em questão foi cômica e dramática ao mesmo tempo, como se tivesse sido ensaiada o ano todo só para esse momento, em que o shopping estaria movimentado num sábado a tarde e a decoração de natal já instalada. Bem em cima do urso polar tomando coca-cola. Manchando o branco de vermelho e o que é melhor: Tornando ilegível o logo da marca. Genial, uma obra prima. Aplausos para o suicida que, num sábado a tarde, teve a mente invadida pela ideia de gênio:
"Se é pra morrer, que seja caindo de cabeça no maldito urso polar
da porra da coca-cola"
e claro, aplausos ao leitor pela determinação de ler até o fim, e pela confiança que o fim desse texto seria algo realmente muito bom.
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