quinta-feira, 23 de junho de 2011

Uma crônica em forma de carta, de mim para eu mesmo

Embora isso ocorra algumas vezes na vida de muitas pessoas, na minha ocorre de maneira um pouco acima da média e vem acontecido cada vez mais." O que é?" devem estar se perguntando os leitores dessas humildes palavras que agora escrevo. Sentado em uma calçada,praça, ou qualquer outro espaço publico(que como a palavra 'publico' diz,com varios individuos), observo as pessoas passarem, andando de lá para cá. Nunca as vi na vida, salvo um ou outro, não sei no que trabalham,SE trabalham nem mesmo como são as perssonalidades e talentos dessas pessoas.Entretanto, sinto um ódio, um nojo ou até mesmo medo, dessas pessoas, e uma solidão ou uma sensação de não pertencer aquele lugar e nem a nenhum outro que eu venha a habitar. Decido levantar e andar um pouco, mas tudo que olho me da a mesma sensação, o mesmo odio e a mesma vontade de explodir tudo e ver no que da, pessoas, carros,bancos,igrejas,trens,casas,praças...Tudo parece despertar em mim essa sensação que me atormenta e me assombra. O motivo? não sei, talvez seja por que odiar alguma coisa, mante-la afastada, é mais facil do que traze-la para perto, pois quando trazemos as coisas e pessoas para perto podemos ve-las melhor, e então começamos a ver os erros e defeitos das pessoas...E obviamente isso é uma decepção enorme, principalmente para as pessoas que acham que o mundo todo é bom e nada irá fazer mal algum. Espero que futuramente, você, autor dessas palavras, MAIS do que todos os outros leitores, observe essa crônica e pense: "como era infantil o meu odio" ou qualquer coisa desse tipo, caso não fale isso, bom...ai não sei dizer o que teria ocorrido. Fico por aqui

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Basta

Chega de poemas de depressão
não vou mais cantar essa canção
chega de uivos maléficos
e ares mais que cadavéricos

A vida,é sim, feita de lamentos
mas tambem, de encantamentos
não é necessario ser pessimista
ou ser pessoa otimista

Viva a existencia!
e toda a sua essencia!
brindemos então
cantemos uma nova canção!

Nem de alegria,nem de tristeza
nem de duvida, ou certeza
cantem por cantar
enquanto puderem brindar
                          gritar
                         falar
                                    comemorar
VIVER

Noite escura

As estrelas antes cintilantes
não brilham mais como antes
e o céu escuro de tristeza
o peso da incerteza

Nem através das orações
ou invocadas por canções
elas jamais voltarão
o céu esta em plena escuridão

A cor do negro ebano
em contraste com o puro branco
só há,agora, um corpo celeste no ar
é a lua,com o céu a iluminar

E a luz branca já basta
para dissipar escuridão nefasta

A caveira

Ao violar uma sepultura
encontrei uma caveira escura
sob seu monte de ossos
em volta de lapides dos penosos

E por muito tempo eu a encarava
e ela,por sua vez me olhava
que triste fim levou essa criatura?
o que me levou a violar essa sepultura?

Dirigi palavras ao cranio abandonado
não respondeu,ficou calado
falar com restos mortais
não coisa de pessoas normais

Me vi naquela imagem cadavérica
desgastada pelo tempo
largada ao esquecimento
minha mente, é a sepultura
e por dentro,eu sou a caveira escura

sem titulo

Meus heróis estão todos mortos
e não estão nos livros de historia
nem em seus sarcofagos
ninguem mais canta suas vitorias

Admiro os espiritos errantes
os ventos uivantes
os vivos não me impressionam mais
sem motivo,só não sinto mais paz

Não leve isso como luto,caro leitor
essas linhas não dizem nada de mais
só o manifesto de um escritor
a causa dessas linhas de dor:

Meus heróis estão todos mortos
sem nenhuma decicatoria
ou lembrança,nos livros de historia
vivos,só pela memoria

Falando de universo

A primeira imagem na minha mente
é de uma grande corrente
material forte,inquebravel elo
muito simples,nada muito belo

E a cada junção de suas unidades
esta uma galaxia e sua infinidades
se estive esticada,seria muito simples
mas vejo enrolada no chão junta a outras correntes

Não é uma teoria que estou falando
nem a ciencia das estrelas brilhando
é um poema,falando de correntes

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um olhar humano

Numa manhã fria,enquanto estava esperando, sentado em uma calçada, vendo as pessoas passar...Indo e vindo. Nenhuma delas prestou atenção no estudante que estava de uniforme,sentado no chão, e escrevendo em um pequeno caderno negro com uma caneta cinzenta de nanquim. Tanto faz! Nem minha atenção, nem esta cronica é dedicada a estas pessoas.
      Embora estivesse devidamente agasalhado, o frio era forte e em conjunto com os ventos cortantes e o céu branco como esta folha da papel que maculo com o ebano do nanquim,causavam uma certa depressão ou uma angustia, passageira ou não; Minhas mãos estavam frias e um pouco doloridas, mas era questão de tempo para esquentar.
     Dos muitos individuos que ali passaram, e me ignoraram ou então me olharam com um certo olhar de estranhesa, o unico que parou e me olhou nos olhos( e essa ligeira olhada foi o motivo desta cronica)foi um cachorro vira-lata
     Magro,sujo,vira lata de rua e quem sabe até abandonado, ou qualquer outro adjetivo de mal gosto que a sociedade tenha imposto a essa pobre existencia. O cão parou,me olhou nos olhos,baixou a cabeça e cheirou as minhas mãos gelidas, olhou-me denovo e seguiu seu caminho.

      Aquele cachorro tinha o olhar mais "humano" do que muitos seres humanos que conheci

Cidade

Crianças cantam uma musica andando
musica nova,aprenderam na escola
e mendigos,ao chão,pedem esmola
nem ligam,seguem cantando

Muitos e muitos carros,de muitas marcas
uns limpos,outros sujos de lama
se a cidade é um corpo,essas são as chagas
um corpo tísico,deveria estar de cama

Motos,bicicletas, e outros meios individuais
com duplas,amigos ou casais
em suas automotivas garupas
caminhões,coletivos e carros militares
um carro forte com capital
e um anunciosinho,aqui e do lado de lá

Imponentes casas e autopostos
pessoas caminhando ao seus trabalhos penosos
uns de terno,outros com o pé na lama
a cidade é um corpo MUITO tísico
deveria estar de cama

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O burgues

Era um homem de 48 anos bem vividos
sentado em uma pilha de negocios bem sucedidos
contando notas do verde dinheiro
e uma foto na mesa,da época de marinheiro

Burlava,a anos, os impostos
ao seu lado,uma pilha de ossos
dos empregados já despedidos
ah! que 48 anos bem vividos

Acende um charuto e afrouxa o cinto
a fumaça,toma conta do recinto
e o corpo obeso e pesado
identico a um porco bem tratado

Nunca se viu tão futil existencia
não sei como é permitido existir
e pegando no sono, roncava
e parecia,como um porco,ganir
esse porco eu matava

terça-feira, 7 de junho de 2011

Doença

E se tivesse tuberculose?
meus poemas seriam melhores?
Minha saude!minha saude!
minha saude por essa virtude

minha dpr vem de querer escrever
mas "bons", meus poemas não sabem ser
minha doença vem dessa situação
Maldita praga! escura maldição

Que rima mais odiosa
consciencia,existencia leprosa
toca minha mente,com adoração a pestilencia
e por isso,por ser de minha essencia
pago a dura penitencia

Alegria

Deito a caneta sobre os sonhos
e a alegria dessa ilusão
magia inutil criada por demonios
não existe,nosso destino é a podridão

Não quero mais pagar penitencia
não existe divino,estamos sós
pelo crime da vivencia
não há ninguem para lutar por nós

Os vermes comerão a matéria carnal
enquanto dormir no leito final
não vou enganar minha mente
sentir jamais,viver somente

Mentira,teu nome é crença
flor e fruto da demencia
não há mais nada fora a existencia
nem deus,nem a ciencia

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Lampião

Eia grande lampião
o chamado rei do sertão
maior cangaceiro desde então
numa mão,espingarda, na outra o facão

Era um homem,mas assim como o lampião
trazia luz a escuridão
com a mesma graça que cantava
os ricos,ele matava

Escravia rimas para sua amada
e ela,maria bonita,uniu-se a caminhada
um grande guerrilheiro
com o espirito de guerreiro, e alma de poeta

É o zapata do brasileiro
com o mesmo ideal de libertação
e assim como Antonio conselheiro
é hoje uma grande inspiração

Uma vida que não veio

Se fosse moça,chamaria-te beatrice
e você seria o fim da minha meninice
ou então,beatriz, e você seria atriz
quem sabe,chamaria-te juliana
ou como a heroína,seria Joana

Se fosse homem,seria Ernesto
e seria um homem bom e honesto
ou como o grande guru,seria Raul
ou então,como o musico renato
sua imagem,seria digna de retrato

O nome pouco interessa
Não veio agora, nem deve
Mas um dia,há de vir
seja ele,ou ela
e ninguem, bom ou mal,haveria de intervir

Quem me dera

Morrer e ver o outro lado
Me livrar da vida,esse fardo
parar com todo o sofrimento
perder a vida,é questão de tempo

Vivi minha vida como quiz
agora ouço batidas,na porta com verniz
é a morte batendo seu estandarte
fazendo de seu trabalho,uma arte

Pensei que essa hora demoraria a chegar
agora ela veio me levar
Adeus vida que já é passada

Estou aqui nessa hora tão esperada
e agora,digo um belo adeus
faço destes votos,os meus

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Canto do povo da montanha(épico das tribos)

Os uivos das montanhas
narram muitas façanhas
essa é a da rainha guerreira
e sua irmã trapaceira
Tempos atrás os picos não tinham paz
Era tudo caos e confusão
e o povo do alto quase achou a perdição
mas com um brilho de uma manhã
surge uma esperança,o fim da escuridão
duas mulheres, Ceres a guerreira,e sua irmã
Sara a trapaceira
As irmãs as tribos uniram
Dando fim aos anos de caos
Ceres foi feita rainha
Sara,triste,bolou seus traminhas
Mentiras foram espalhadas, as irmãs separadas
A divisão do povo em dois era iminente
Um assunto até hoje pertinente
Ceres casou-se,teve um filho varão
Sara tambem,teve uma filha formosa então
Os primos encontraram-se e apaixonaram
Dando fim ao conflito, e reunindo as irmãs

O canto do povo da floresta(épico das tribos)

Os cantos dos quirogas
e a mata conta muitas historias
de homens e de animais
de tempos de guerra a tempos de paz
Era uma vez
um homem chamado Hatres
que subiu ao poder,como ditador
e seu governo,causou muita dor
As pessoas ficaram infelizes então
as arvores foram cortadas,cairam
e os animais incendiados,queimaram
Rebelam-se,uma amazona e seu parceiro
um velho e experiente guerreiro
Formaram um exercito e tomaram a cidade
mataram Hatres,trouxeram a felicidade
E com o fim da canção
essa é a historia dos quirogas e sua união

Ode a literatura

O meu amor a literatura
e minha devoção a leitura
são minha maior ternura
lifros de filosofia
livros da bela poesia
lendo,viajo a muitos lugares
respiro diferentes ares
passo por diferentes fatos históricos
os pensamentos, dos praticos e téoricos
Os livros fizeram de mim o que eu sou
e ler muitos livros, ainda vou
Não escrever ou ler poemas
é dai que vem meus problemas
longe das palavras,é uma prisão
perto delas, um paraiso de emoção