segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Soneto Alucinado

A loucura e as alucinações
são um parque de diversões
e os variados cogumelos
tem a doçura dos caramelos

Nesse mundo tedioso
e deveras ocioso
mais vale viver a loucura
como lei e cultura

Ter gnomos e duendes amigos
e esquecer dos outros aborrecidos
não vale a pena ser são

por isso declaro minha insanidade
como minha regra e felicidade
e viver sempre nessa alucinação

Sonhei

Com um campo de rosas
todas coloridas e formosas
presentes em muitas cores
seus espinham não causavam dores

E com o vento cantavam
e com toda graça balançavam
Pareciam estar dançando
e com o vento uivando

Parecia tão real e verdadeiro
mas era apenas um sonho
com rosas num canteiro

E agora, aqui no mundo medonho
escrevo sobre o que sonhei
e sobre as rosas que imaginei

Status

Títulos e reconhecimento
Poder e opressão
controle e proteção
Tudo caindo no esquecimento

Por posse o homem é conhecido
e por posse é esquecido
e através dela é punido
e por ela oprime, e é oprimido

E por mais linhas escritas
e rimas assinadas
as pessoas são assassinadas

Pois do topo onde estão
não ouvem essa canção
Os status custou-lhe a audição

Hipocrisia

Jogam em minha cara
essa palavra "autonomia"
mas isso é uma hipocrisia
isso nesses dias, não é coisa rara

Malditos disciplinários e professores
coordenadores e diretores
pregam a autonomia como religião
mas as escolas são uma prisão

Dizem e gritam "AUTONOMIA!"
Eu retruco dizendo: "HIPOCRISIA!"
E se mais alto forem gritar
eu começo a berrar

Basta com essa ilusão
Chega dessa prisão

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sorriso nos olhos, e olhos no sorriso de Monalisa

       Dizem que os olhos são a janela da alma, exibindo claramente o que somos e o que pretendemos. Já o sorriso é um convite para conhecer essa alma exposta pelas janelas dos nossos olhos que enxergam o mundo torpe e transformam em algo admirável. Ou então é um espelho que reflete o que estamos sentindo, ou o que buscamos, o nosso humor.
       Não nego nenhuma das afirmações, mas há uma duvida que martela as estacas metafóricas da minha mente, e essa duvida, caro leitor, carrego desde que ouvi essas frases de senso comum, na época da minha meninice.
        E o sorriso da mona lisa? sim, aquele quadro famoso, pintado por ninguém mais que Leonardo Da Vincci.
o que está naquelas janelas semi-fechadas, que alma quase invisível! Talvez a chave seja essa palavra..."quase", pois não é a certeza que nos atrai na vida, é o que esta oculto, inatingível, a duvida e a incerteza... a duvida e o mistério por detrás daqueles olhos perseguidores.
        Ah! o sorriso...um convite tão simpático o daquele quadro, e ao mesmo tempo duvidoso e incerto de alguma maneira difícil de ser explicar, quanto mais de ser compreendida!Que espelho é esse? que imagem ele reflete? oque esta sentindo? seria amor? seria raiva? ou seria...apenas um sorriso?
                                        SÓ UM SORRISO?
Não! já vi "apenas" sorrisos antes! que sente algo, sente, isso é fato. SÓ NÃO SEI O QUE!!

Branco paradoxo

Tento ao máximo escrever
de pensar, a cabeça chega a doer
e essas brancas linhas
de tinta estão famintas
com fome ficarão
não consigo escrever uma canção.
A brancura desses espaços
vazios e alucinados
assusta a alma do autor
incapaz de escrever,de compor
e essa dura incapacidade?
será a criatividade?
seja o que for, me espanto!
meus poemas perderam o encanto
e agora é tudo branco
espaço alvo e imaculado
ficara sem ser tocado
pela ponta negra da caneta,
pela sumida imaginação
haverá apenas palavras em vão

Soneto sobre a saudade

A dor da saudade
vem de qualquer relação
seja amor ou amizade
de fato,coisa do coração

Não importa o tempo
se dias, ou minutos
se verdadeiro o sentimento
supera o passar dos anos

Eu sinto saudade!
e que não sente,
não é verdade?

Se diz que não
ou essa pessoa mente
ou não tem coração

sábado, 20 de agosto de 2011

O juramento do Bardo.

          Juro por meio dessas palavras que saem da minha boca, atravessando minha garganta e tendo origem no coração. Juro sempre, e SEMPRE alegrar aqueles que me cercam, sejam eles meus amigos ou inimigos, familiares ou conhecidos, pois meu trabalho e função temporária nessa terra, com valor limitado, é afastar a tristeza e o medo, e trazer a alegria e a vontade. Juro que por mais distante que eu vá, que por mais pessoas que eu conheça, e problemas apareçam... Hei de cumprir esse juramento que para mim é o mais sagrado.
          Minha melodia acalmara todo ser vivo, não importando o quão agitado e feroz esteja. Minhas baladas contarão apenas a verdade, e serão narrados fatos heroicos. Meus contos e fabulas hão de inspirar aqueles aqueles que estão desmotivados e abandonaram a esperança, que caíram,e irá ergue-los novamente! Minhas sátiras trarão o riso, enquanto meus dramas vem com o choro e a emoção, e meus épicos contarão a historia de heróis que derrubaram deuses e mudaram o mundo com suas atitudes, historias de reis e de dragões e de tempos que se foram e que hão de vir!
          Levarei essas palavras comigo em todas as minhas caminhadas, nas minhas distintas terras, e quando estiver no fim da minha experiencia terrena, no fim do meu prazo aqui, eu juro que passarei adiante esse juramento para um futuro bardo que irá seguir essas palavras com o coração.
                                            Juro com todo o firmamento como minha testemunha!!

Estrela de asfalto

             Quando eu falo para as pessoas que eu testemunhei o aparecimento de estrelas em pleno horário
de pico solar, ao meio dia em ponto, a reação é quase sempre a mesma: uns dão rizada, outras me chamam de louco, ou apenas me olham como se eu tivesse alguns parafusos faltando ou como se fosse usuário de drogas ilícitas.
              Mas quando eu afirmo que vi, e ainda acrescento ao estranho fato, de que as estrelas não brilhavam no céu, mas sim no chão! no asfalto de uma longa estrada, por sinal. Então a reação é unanime: É droga mesmo.
Mas eu vi, juro que vi, e agora vou narrar o fato.
              Era um dia de verão, e como eu disse era o horário de almoço, e eu estava sentado em um banco de ônibus ao lado da janela. Tomado pelo tédio, assim como outros passageiros, mas incapaz de dormir devido a claridade, fome, ou talvez o destino quisesse que eu testemunhasse o ocorrido. O ônibus passou por uma cena de um acidente, que provavelmente teria acontecido durante a madrugada, pois o veículo não se encontrava lá e muito menos as vitimas envolvidas no tal acidente,o único resquicio eram os cacos de vidro espalhados no asfalto.
              Normalmente eu não daria atenção, mas então o sol atingiu os fragmentos do vidro, e os pequenos fragmentos refletiram a luz, resultando em pequenos brilhos de certa forma ofuscantes espalhados pela escuridão do asfalto, que desempenhava o papel da escuridão da noite.
               Não ouvi noticias sobre o tal acidente, nunca cheguei a conhecer as pessoas que sofreram o acidente, ou se ali perderam a vida. Acredito que tenham continuado viver, mas eu garanto, que nunca chegaram a presenciar o que eu presenciei naquele dia....

                                     Eu vi estrelas reluzindo no asfalto

Carta ao poeta( de uma poetisa)

" Escrevo agora, humildes palavras de verdadeira poeta amadora.
Que ama e adora
que grita o silencio da escrita
e principalmente
admira a tua palavra única.

A tua mente, que de tão livre
se aprisiona num pequeno caderno,
constrói vidas que ainda não puderam viver,
desabafos de uma consciência indignada,
futilidades necessárias para se provar ao mundo
que agora é 'gente grande'

Esta mente, que saturada do mecanicismo
cria imagens inimagináveis
desde amores imortais a poemas transparentes.
E que deixa entreaberta a caixa de surpresas
que é a alma do poeta errante.
Declaro aqui toda a minha admiração"
Catherine santana(18/08/2011)

Uma admiração você disse ter sobre mim, mas para este poeta errante faltam
palavras para agradecer as palavras mais bem escolhidas e trabalhadas
e falta também o papel para enchugar  algumas lagrimas de orgulho próprio e de amizade.

Tempo


                    O tempo é, ao mesmo tempo, o mais forte licor e o mais puro balsamo.
Suas características alcoólicas são as mais potentes: Faz a euforia ao admirar um uma fotografia
traz o esquecimento através da ligeira passagem dos anos, e quando passa com demasiada velocidade
resulta em uma tontura e uma perda de noção momentânea, e resulta em um imenso, e de certa forma doloroso, tédio quando passa muito devagar. Ironia é o termo não ter constância, sendo tão relativo que difere individualmente a maneira de progredir, aproveita quem sabe, ou quem consegue.
                     E obviamente, se consumido fora do controle, demasiadas vezes como se fosse habito seu maldito consumo, o resultado é obvio: A morte
                     Para algo atingir o patamar de balsamo, é necessário que tenha capacidades curativas, ou que no minimo aliviam a dor. E de fato o tempo tem! Pois não há coração partido e despedaçado que não se conserte, ou aborrecimento que não desapareça, dor e ferimento que não cicatrize. Olhando o tempo com outra perspectiva, admirando-o quanto a um patrocinador ou empresario, é o único motivo de estudarmos historia( o único motivo de HAVER uma historia) a razão dos museus e o motivo dos nomes do gloriosos heróis que ecoam através das eras( outro nome para passagem de tempo).
                                        " Se a vida fosse eterna, não haveria riscos ou perigos. Tudo seria tão sem graça"

Minha amada imortal

Não sou bom com poemas de amor
talvez eu não saiba amar
afinal,sou um poeta amador
que escreve sem ver o mar.
Nunca escrevi um poema de alegria
todos são cheios de melancolia
tentarei mesmo assim, ou me fara mal?
dedicar essas linhas à minha amada imortal.
Não sei se apenas imaginação
ou de fato, é uma tal "paixão"
daquelas que movem céus e terras
ou que causa a dor de muitas guerras.
Minha amada imortal não tem nome
muito menos um sobrenome,
talvez nem tenha imagem...
pode até ser uma arvore sem folhagem
mas nela eu vejo muitas flores
me faz sentir muitos amores.
Minha unica e penosa tristeza
é sofrer da incerteza
de nunca,jamais, conhecer
não ter o prazer de ver
a minha amada imortal...

Que será imortal enquanto viver!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Hai-kai allá millor!

Vi uma mulher de tamanco
e a minha folha
continua em branco
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Admiro o som dos carros
E a beleza da cidade
com as calçadas, cheias de catarros
____________
A lua ilumina
a noite escura
e essa luz me anima
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Nós no meu cabelo ruim
meu deus, que coisa horrivel!
uma pomba, cagou em mim!
________________
O sol tudo ilumina
mesmo os olhos
de uma assassina
____________
Uma coisa que rime com "Ur"
a unica coisa:
um onibus da venetur

Frase/ Volta as aulas!

" A alegria é uma droga, por isso causa um vicio tão certo. e o amor é um tremendo masoquista, por doer e sempre querermos mais!"

Voltas as aulas:
Que ruim é usar esse uniforme novamente
pior que banho de oleo fervente
Ter foco! somente temer e pensar
o maldito vestibular
ou eu vou me ferrar

Ouvir os professores
de cabeça,muitas dores
tantos trabalhos a se fazer
tenho que tirar uma boa nota
ou eu vou me fo...

Futilidade

Agora tenho cartão de crédito
enfim sou um cidadão completo
proprietario de uma senha
compro de tudo, de livros a resenhas

Com que enorme facilidade
compramos uma futilidade
com umpdção de plastico prateado
mudamos de roupa e de penteado

Será que chegamos ao maximo,ao apice?
ou o futuro reserva mais futilidades?

Pensamentos

"Meus poemas são como o esqueleto, a caveira: Secos,mortos,frios e funebres...E são,de fato, a semelhança de seu autor. Não a semelhança fisica, mas sim a imagem de meus pensamentos e do interior, memorias e lembranças boas de epocas que já se foram. mas trarei vida de volta a esse esqueleto, trarei novamente o sangue e o coração! e vira na forma de um longo poema de paixão"

"Escrevo todos os meus lamentos em forma de poema ou cronica. Não publico ou exibo todos,pois a arte uma vez que é compartilhada deixa de ter autor,torna-se publica. Não as publico, pois necessito de lamentos para chamar de meus" sardo,o bardo